Núcleo de Diversidades, Direitos Humanos e Ações Afirmativas

Eventos realizados durante o ano de 2021. Em razão da pandemia, os eventos realizados no ano de 2021 tomaram todos os cuidados devidos, seguindo o protocolo de segurança da OMS.

Ação “Transformando com Imagens”. Coordenação: Profa. Dra Luzia Renata da Silva.

Encontrou na Associação de Mulheres do Monte Cristo uma maneira de diminuir a distância entre a Universidade e a Comunidade. Trabalhou o empoderamento feminino através da fotografia aliada à costura e ao bordado feminista, realizando encontros virtuais onde foram tratados temas delicados como a educação sexual. Também realizou-se aulas técnicas de composição e iluminação de imagens fotográficas. O trabalho atendeu a necessidade das mulheres de gerar renda, já que a situação pandêmica entrou com muita força nas favelas levando o desemprego a muitas das mulheres que se viram obrigadas a ficar em casa, pois já não tinham mais as escolas e os projetos sociais que acolhiam e alimentavam as crianças.

Ação CIRANDEMU – Cirandas de Democracia. Coordenação: Prof. Vânia Muller.

Retomou o contato com a Escola de Samba Unidos da Coloninha, localizada no bairro Coloninha, reuniões semanais virtuais (plataforma zoom), com o apoio do bolsista Luan Renato Telles e de lideranças femininas da Coloninha. Como resultado, surgiu o tema A história de mulheres na história da escola Unidos da Coloninha, uma forma de registrar a trajetória da escola de samba envolvendo os integrantes da escola no processo. Participação de mestre de Jongo para ministrar uma oficina as mulheres da liderança da escola e para os integrantes da bateria da escola. Devido a pandemia, a opção presencial na escola de samba ainda é incerta, pensamos que em 2022 consigamos atuar no presencial. 

Ação Encontros de trocas de saberes e criação musical. Coordenação: Profa. Dra Sandra Mara Cunha.

Desenvolveu quatro encontros virtuais, promovendo diálogos entre a Educação Musical e os Estudos da Infância. As Conversas sobre Infância e Crianças fundaram-se nas concepções de infância como construção sócio histórica e das crianças como sujeitos de direitos. Foram realizados quatro encontros, nos quais falou-se sobre direitos das crianças, infância e raça, crianças e TDICs e arte e infância no CEART. Todas(os) que atuam com crianças e realizam pesquisas sobre elas e com elas, têm diante de si o desafio de empreenderem reflexões sobre as infâncias vividas por crianças face às pertenças de classe, raça, gênero, etnia, cultura, deficiências e às regiões em que vivem. Pensar a infância de modo contextualizado e interseccionado, coloca-se como fundamental para a formação discente e atuação docente com o objetivo de construirmos espaços e tempos promotores das escutas das múltiplas vozes infantis, com vistas à promoção da participação cidadã.

Projeto de Extensão Saberes Sensíveis

Numa proposta voltada ao sujeito social, cidadão e crítico e não restrita ao meio acadêmico, o presente programa visa agregar diversas atividades, atendendo a públicos distintos nos aspectos etários, de interesse e de acesso ao conhecimento e formação universitário atualizado. Cabe também à universidade e seus programas de extensão, entre outras ações, fomentar discussões frente ao cotidiano educacional, refinar e desenvolver os sentidos inerentes ao ser humano, na ideia de que “[...] o mundo, antes de ser tomado como matéria inteligível, surge a nós como objeto sensível”. (DUARTE JR., 2001, p. 13). Duarte Jr. (2001), Arroyo (2008) e Vasconcellos (2009) instigam a pensar em uma prática pedagógica que vai além da missão de possibilitar a aquisição do conhecimento, fomentando um ambiente em que esse conhecimento seja considerado e interligado a elementos culturais e artísticos que desencadeiem uma educação estética que valorize o ser humano, sua convivência em sociedade e sua sensibilidade. Ainda o importante pensador Duarte Jr. (2001) nos coloca que o exponencial desenvolvimento tecnológico vem acompanhado de profundas regressões nos planos social e cultural, com um notável embrutecimento das formas sensíveis do ser humano se relacionar com a vida. Por isto, este programa de extensão buscou aliar prática com teoria, visando alcançar a sensibilização ao mundo, aos sujeitos e ao artístico por meio da ação social junto a uma comunidade vulnerável socialmente e pelo estudo contínuo de teorias e experiências que alimentaram os fazeres acadêmicos e as ações sociais na formação de docentes e discentes.

Curso de Formação Continuada

Como resultado do Programa PRAPEG Nudha Direção de Ensino, sob a coordenação da professora Tereza Franzoni e da coordenadora do Nudha realizou-se a seguinte atividade de formação continuada:

Raça/Racismo: a díade estruturante para a construção de direitos, reconhecimento das lutas negras no Brasil e na América Latina. Com Alvaro Roberto Pires

Data: 08 a 29 de novembro de 2021 
Horários: segundas-feiras, 17h e sextas-feiras, 9h

O projeto “Profª Antônia”

Ação do Projeto Diálogos Recíprocos, um sub-projeto do Programa Diversidades / NUDHA que surge em meio ao cenário mundial atual, onde nos encontramos em situação de isolamento social devido a pandemia do Covid-19. Na impossibilidade de ações presenciais, encontros virtuais e tecnologias remotas nos conectam muito mais hoje e são caminhos de comunicação, conhecimento, informação e continuidade de projetos. Utilizando plataformas digitais, tais como Instagram, Twitter e YouTube, a difusão dos conteúdos amplia-se com alcance maior de público, a partir da demanda da criação de conteúdo para redes sociais. Em formato de tirinha, retrata-se a história de Antônia, uma personagem fictícia baseada em pessoas reais. Antônia é mulher, negra, mãe, professora universitária que frequentemente enfrenta situações racistas no ambiente de trabalho. Sabe-se que ela é professora universitária, porém sem área de estudo específica, assim Antônia pode discorrer sobre diversos temas e diversas áreas de estudo. As histórias serão baseadas em fatos reais coletados de professoras e professores de instituições de ensino médio e superior a partir de experiências vivenciadas. Trata-se de um projeto do NUDHA - Núcleo de Direitos Humanos e Ações Afirmativas, que tem como uma de suas metas, denunciar o racismo institucional em exercício no interior da universidade como reflexo do racismo estruturante da sociedade brasileira. Também revelar as limitações curriculares no trato com as diversidades de gênero, orientação sexual, deficiência, dentre outras. Com isso, surge a ideia da criação de tirinhas que contam as histórias da vida de Antônia e de sua prática docente no Ensino Superior. Também trazer situações vivenciadas pelos estudantes no percurso de formação que impactam suas vidas pessoal e profissional quando se deparam com a ausência da diversidade nos currículos.