Reitor em exercício, Leandro Zvirtes, destacou ganhos
da criação do laboratório na Serra - Foto: Secom Udesc
Foi inaugurado nesta sexta-feira, 16, o Laboratório de Geoprocessamento na 1ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina (PMA), em Lages. O projeto, pioneiro no País, foi desenvolvido por professores do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages, em parceria com técnicos da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures).
A solenidade contou com a presença do reitor em exercício da Udesc, Leandro Zvirtes, e do professor Sílvio Rafaeli, que atua no Departamento de Engenharia Ambiental e Sanitária e é um dos responsáveis pelo projeto.
O laboratório é resultado de trabalho que surgiu em 2008, em uma reunião com o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e a PMA, com base na necessidade de mapear as áreas de preservação permanente (APP) de Lages e entorno para formar um banco de dados para análise e propostas para solução de problemas nesses espaços.
Durante o evento desta sexta-feira, também foi lançado um sistema para gerenciar as ocorrências ambientais, o Sisggoa, que torna possível ter conhecimento de como essas ocorrências se distribuem no espaço geográfico e avaliar relações de causa-efeito, não somente como crimes ambientais, mas atendimento de denúncias, soltura de animais e patrulhamento das áreas.
O trabalho contou com uma equipe de professores e alunos da Udesc Lages, que se reuniram para digitalizar mapas, exportar dados e realizar relatórios para fazer a análise espacial de rotas.
Para o reitor em exercício da Udesc, o laboratório é um projeto inovador e representa um ganho fantástico para SC e para o País. "O software pioneiro permite monitorar o desmatamento da mata nativa, além verificar a fauna, como na questão que envolve o javali, hoje considerado uma praga na região. Tem potencial para expandir até para outros estados", afirma Zvirtes.
Sistema de apoio à decisão
Para o professor Rafaeli, o sistema servirá como base de apoio à decisão espacial. "A Polícia Ambiental poderá gerenciar e planejar suas ações diretas na região por meio do programa", complementa.
Para o próximo ano, ainda será desenvolvida uma plataforma automatizada, ou seja, será possível coletar dados direto do campo, segundo Rafaeli, prática inédita na America do Sul. "Hoje, o procedimento ainda é realizado por formulários, portanto, é uma inovação tecnológica,e um desafio proposto."
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