Leonel Camasão (Psol), Rogério Portanova (Rede), Enio
Spaniol (mediador) e Ingrid Assis (PSTU) durante debate
Foto: Thiago Andrade/Daag/Udesc Esag
Três candidatos ao Governo do Estado participaram na noite desta terça-feira de um debate na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Florianópolis. O debate foi realizado no auditório do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) e organizado em conjunto pelo Diretório Acadêmico (Daag) e Direção do Centro. O debate pode ser assistido na íntegra no site
vc.udesc.br.
Estiveram presentes Ingrid de Assis (PSTU), Leonel Camasão (Psol) e Rogério Portanova (Rede). Os candidatos Décio Lima (PT) e Jessé Pereira (Patriota) estavam inicialmente confirmados, mas cancelaram a participação na segunda e na terça-feira, respectivamente, em razão da priorização de outros compromissos na estratégia de campanha.
Carlos Moisés (PSL), Gelson Merísio (PSD) e Mauro Mariani (MDB) foram convidados, mas não confirmaram a participação até a data-limite prevista no regulamento, 13 de setembro. Angelo Castro (PCO) foi convidado antes do indeferimento da candidatura pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), mas também não havia respondido ao convite dentro do prazo.
Debate
O debate foi mediado pelo professor Ênio Spaniol, do Departamento de Administração Pública da Udesc Esag. As regras dividiram o debate em cinco blocos: apresentação dos planos de governo, perguntas da comunidade acadêmica aos candidatos sobre a Udesc, perguntas entre os candidatos, perguntas da comunidade acadêmica aos candidatos sobre temas gerais e considerações finais.
Estudantes, professores e técnicos da Udesc puderam enviar perguntas aos candidatos por meio de formulário on-line ao longo da última semana. As perguntas foram sorteadas durante o debate para serem respondidas pelos candidatos, também selecionados por sorteio.
Ingrid Assis (PSTU)
A candidata Ingrid Assis (PSTU) defendeu a suspensão do pagamento da dívida pública e propôs o direcionamento de recursos do Estado para obras estruturais, com o objetivo de gerar emprego. Também defendeu o fim das isenções fiscais, a cobrança de devedores de impostos e o fim da Lei de Responsabilidade Fiscal (que afirma servir apenas para reservar recursos para o pagamento da dívida), com a criação de uma Lei de Responsabilidade Social.
Ingrid também criticou a atual política de segurança pública, “que não pode ser separada dos problemas sociais, como o desemprego”. Propôs a desmilitarização da Polícia Militar, a descriminalização das drogas e o combate ao narcotráfico, além de reparação para os presos enquadrados na legislação anti-drogras, que considerou “racista”, por punir mais pobres e negros. Criticou ainda a aprovação de leis “anti-indígenas” e defendeu a demarcação de terras.
Leonel Camasão (Psol)
O candidato Leonel Camasão (Psol) defendeu o combate à corrupção e aos privilégios. Propôs reduzir à metade o repasse de recursos do orçamento à Assembleia Legislativa e investir na manutenção e expansão da Udesc. Para Camasão, não há déficit nos sistemas estadual e nacional de previdência, mas o desvio de recursos para outros fins. Propôs a devolução aos servidores estaduais de recursos apropriados pelo Estado e a unificação dos regimes de previdência.
O candidato criticou as políticas de segurança pública, por terem gerado encarceramento em massa, uma situação em que os policiais matam e morrem muito, além de mais violência contra os mais pobres. Propôs que o combate às drogas seja uma questão de saúde pública. Prometeu uma secretaria para programas de transferência de renda, como forma de reduzir a pobreza e desigualdades regionais. Defendeu a revogação da reforma trabalhista.
Rogério Portanova (Rede)
O candidato Rogério Portanova (Rede) afirmou que seu programa se baseia na democracia, ética na política e sustentabilidade. Propôs organizar as contas do Estado e promover uma revolução tecnológica com sustentabilidade. Também propôs o aumento dos repasses do governo à Udesc e a expansão da universidade. Defendeu política de transporte e nova matriz energética, de base solar e eólica, e inovação tecnológica para gerar emprego nas regiões menos desenvolvidas do Estado.
Defendeu um reequilíbrio na federação brasileira, reduzindo a concentração de recursos no governo federal, e uma taxação de impostos maior para os mais ricos e para as energias de alto carbono, ao lado de uma política de isenções para atividades de baixo carbono e para os mais pobres. Em relação à Previdência, disse que o sistema é bom, mas é prejudicado pela sonegação e desvios de recursos.
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Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
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