Professor Marcelo Mello, do Ibmec RJ, abriu a Semana
Acadêmica de Economia
- Foto: Carlito Costa/Ascom/Udesc Esag
Do ponto de vista das políticas econômicas, o Brasil costuma estar na contramão do mundo e quase sempre na direção errada. É o que defendeu na manhã desta segunda-feira, 12, o economista Marcelo Mello, professor do
Ibmec RJ, na palestra de abertura da Semana Acadêmica de Economia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), no auditório do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), em Florianópolis.
Mello é doutor em Economia pela
Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (EUA), onde foi professor no departamento de economia. Também lecionou na
Virginia Tech (EUA) e
PUC-Rio, além do Ibmec. A palestra foi viabilizada pelo
Instituto Millenium (Imil), como parte do projeto Imil na Sala de Aula, que leva economistas do instituto para falar a estudantes universitários.
Enquanto as políticas econômicas brasileiras passam pelo que Mello classificou como uma “guinada liberal” liderada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, há uma onda nacionalista-populista nos países desenvolvidos, enquanto a geração millenium nos Estados Unidos se inclina para políticos autodenominados socialistas democratas, como Bernie Sanders e Alexandra Ocasio-Cortez.
Na mão certa?
Para Mello, o desencanto com o liberalismo nos países desenvolvidos não é resultado de falhas do mercado ou do capitalismo liberal, mas de uma crise causada pela combinação do triunfo do liberalismo econômico e da acelerada revolução tecnológica e nas comunicações.
Para o economista, a globalização e a revolução tecnológica criaram perdedores, pessoas menos qualificadas que ficam sem emprego e tendem a aceitar discursos populistas, ainda que não resolvam de fato seus problemas. Por outro lado, uma geração que quase não viveu crises anteriores se inclina a alternativas socialistas.
Mello argumenta, no entanto, que o liberalismo é historicamente o maior gerador de riqueza e que o Brasil está certo ao se voltar a essas políticas, enquanto outros países estão na “contramão”. Ele ressalta, no entanto, que ainda há muitos riscos no sistema brasileiro, entre eles a falta de liderança do presidente da República e a possiblidade de algumas reformas darem errado.
Minicursos e palestras
Ainda nesta segunda-feira, a programação da Semana Acadêmica inclui o minicurso "Data Science Workflow em R para Econometria", no Laboratório de Informática 2, das 19h às 22h25, com o economista Vinicius Melquíades de Sousa, cientista de dados da
Aquarela Advanced Analytics e egresso da Udesc Esag.
Sousa é também mestrando em Ciência da Informação na
Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) e pós-graduando em Ciência de Dados (
Senai-SC, em parceria com a
Keyrus Brasil).
O minicurso terá uma nova turma nesta terça-feira, 13, também das 19h às 22h25, no Laboratório de Informática 2 da Udesc Esag. As inscrições devem ser feitas no Departamento de Ciências Econômicas do centro.
Ao longo da semana, estão previstos ainda minicurso de finanças pessoais e palestras sobre vários temas econômicos.
Veja aqui a programação completa
A programação teve o apoio de dois projeto de ensino da Udesc Esag: “Aprimoramento de Capital Humano: Ciências Econômicas”, coordenado pela professora Marianne Stampe (com recursos do
Programa de Apoio ao Ensino de Graduação - Prapeg) e “Valorização do Ensino de Graduação” (programa institucional do
Núcleo Docente Estruturante do curso de Ciências Econômicas).
Mais informações
A 8ª Semana Acadêmica de Economia é organizada pelo Centro Acadêmico de Economia (Cade) e pelo Departamento de Ciências Econômicas (DCE) da Udesc Esag.
Mais informações podem ser obtidas com o
Departamento de Ciências Econômicas da Udesc Esag, pelo telefone (48) 3664-8260.
Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
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Telefone: (48) 3664-8281