À sombra do velho bambuzal: lembranças e agradecimento pela formação.
Foto: Eliane Azevedo
Estudantes estrangeiros formados há mais de 30 anos voltaram a andar pelo campus da Udesc Joinville nesta sexta-feira, 24 de outubro. Passearam por corredores novos e antigos, encontraram ex-colegas de turma que hoje atuam como professores, reconheceram alguns espaços e encantaram-se com o que foi construído depois deles. O grupo era composto por 15 engenheiros de cinco países latino-americanos: Peru, Equador, Bolívia, Paraguai e Chile. Estudaram na Udesc entre o final dos anos 80 e o início dos 90 do século passado. Ao serem recebidos pela direção do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), mencionaram o impacto da universidade na vida de rapazes latino-americanos que saíam de casa pela primeira vez. Agradeceram a sólida formação que tiveram, aplicada até hoje em seus países.
O organizador da visita foi o engenheiro civil boliviano Maurício Jauregui, formado em 1988. Para ele, a formação recebida na Udesc foi completa: recebeu um diploma e uma esposa. Hoje morando em Joinville, Maurício promoveu o 1º Encuentro de Estudiantes Latinoamericanos da FEJ-Udesc, com uma programação de três dias que termina neste sábado na Oktoberfest, em Blumenau.
Outro que saiu da Udesc formado e casado foi David Montaño, também boliviano e engenheiro civil. David conheceu a estudante joinvilense de Engenharia Civil Alexandra Prisse nos corredores da então Faculdade de Engenharia de Joinville (FEJ). O casal, diplomado em 1993, vive em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
“Quase não tenho palavras para agradecer”, disse o paraguaio Nelson Aguirre, formado em Engenharia Elétrica em 1994. “A Udesc me deu capacitação no ensino e oportunidade no esporte, pois jogava handebol no time da faculdade e depois me levaram para o time principal de Joinville, e graças a isso acabei conhecendo muitas cidades”. Bastante emocionado, Nelson encontrou as palavras que julgou não ter: “A gente vem pra cá quase criança. Eu tinha acabado de fazer 18 anos, e voltei com 24, com uma bagagem de experiência que deu pra levar a vida pra frente, com família e profissão. Então foi muito bom pra mim ter sido aluno da Udesc”.
O decano do grupo, engenheiro elétrico Rodolfo Gil Navarro, ficou feliz de encontrar seu colega de turma Marcos Fergütz, hoje professor da Udesc. Ambos se formaram em novembro de 1986, um mês depois da chegada do primeiro computador no campus do CCT. O professor Marcos contou que, como Rodolfo era do Paraguai, trazia calculadoras avançadas, capazes de emitir notas impressas. Esse recurso, somado à engenhosidade dos alunos na digitação de alguns caracteres e espaços, fazia da calculadora uma pequena impressora para esboços de tabelas e gráficos — um feito, então, inédito.
Na despedida, os egressos latino-americanos da Udesc Joinville prometeram voltar para a segunda edição do encontro dentro de três anos.
Acompanhe trechos da visita
neste vídeo publicado no Instagram, em que passeiam pela biblioteca, pelo oficina do projeto e-Force, pela sala dos robôs, e se emocionam diante dos paineis comemorativos aos 60 anos da Udesc, onde encontram fotos antigas, se reconhecem e reveem ambientes de uma experiência inesquecível.
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