Notícia

O Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), está representado na edição 2025 do Reuni Challenge pela equipe Ambientalize-se, formada por estudantes do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária. A competição, considerada o maior desafio universitário de empreendedorismo do Brasil, iniciou nessa quarta-feira, 10, e segue até sábado, 13, no Orion Parque Tecnológico, em Lages.

A equipe é composta pelos acadêmicos Mariana Cristina Zampieri, Alex da Rocha, Vinicius Corrêa e Thomaz Ribeiro, sob orientação da professora Raquel Valério de Sousa. Ao lado de outras nove equipes da Udesc, eles vivenciam uma verdadeira imersão no universo da inovação, em que precisam desenvolver soluções empreendedoras para desafios reais.

Para Mariana, a experiência é surpreendente. Ela conta que o aprendizado vai além do conteúdo técnico e que um dos pontos mais interessantes tem sido o contato com uma linguagem totalmente nova para quem vem de uma área fora do empreendedorismo. “A gente até estava discutindo algumas expressões em inglês que não fazem parte do nosso cotidiano. E aí já começa o próprio aprendizado”, reflete.

Já Alex, que está na segunda fase do curso, considera a participação uma oportunidade valiosa de crescimento pessoal. "É uma experiência muito legal. Estou achando incrível poder viver algo totalmente diferente, fora da sala de aula. É tudo novo, é um outro mundo”, comenta, entusiasmado. Seu colega Vinicius também está no início da graduação e destaca o valor de sair, mesmo que temporariamente, do ambiente acadêmico tradicional. Para ele, vivenciar esse tipo de desafio é essencial para desenvolver o olhar empreendedor, algo que complementa a formação técnica. “É importante estar aqui para trabalhar fora da área acadêmica, colocar em prática ideias e estratégias que a gente normalmente não teria espaço para testar dentro da sala de aula”, avalia.

A professora Raquel, que participa pela terceira vez do evento – tendo atuado anteriormente como mentora e também como integrante de equipe – reforça que o papel dos docentes, nesse tipo de competição, é mais de apoio do que de condução. Ela destaca que os estudantes precisam viver a experiência por completo, tomar decisões, errar, acertar e aprender com tudo isso. “O momento é deles. Eles que precisam aplicar as ideias, desenvolver soluções. Eu estou aqui para dizer: ‘Ambientalize-se adiante! Nosso papel é motivar, orientar, mas sem interferir”.

Raquel também ressalta que o Reuni Challenge proporciona uma vivência única, tanto para os estudantes quanto para os professores. “É uma oportunidade muito rica de aprendizado mútuo. A gente troca com os alunos, com os colegas professores, vivencia dinâmicas, brincadeiras e cria conexões que extrapolam o ambiente acadêmico. É uma experiência transformadora. Para os alunos mais tímidos, por exemplo, é uma verdadeira virada de chave”, destaca. Professora da disciplina de Empreendedorismo, ela afirma que sempre incentiva seus alunos a participarem. "Tem gente aqui que nem cursou a disciplina ainda, mas se jogou no desafio. E isso é o mais importante: ter a coragem de viver essa imersão".


Agenda desta tarde e desafio da Ambientalize-se

Na tarde desta quinta-feira, 11, os participantes do Reuni Challenge estão concentrados na reta final da etapa de validação. Os universitários percorrem um momento decisivo, em que se dedicam a entender profundamente os problemas enfrentados por empresas reais. De acordo com o coordenador do evento, Salomão Eineck Júnior, “os grupos estão coletando os dados das empresas, entrando em contato, fazendo ligação para entender quais são as principais dores, como que elas acontecem”.

Essa fase é essencial para que as hipóteses iniciais sejam confrontadas com a realidade do mercado. Quando percebem que essas dores são compartilhadas por diferentes empresas, os estudantes confirmam que há uma demanda concreta. “A dor é real, eu posso trabalhar em cima de solução”, afirma Salomão, destacando o momento em que os times validam suas ideias e começam a avançar no desenvolvimento de propostas viáveis.
Com os problemas bem definidos, os grupos seguem para a criação do MVP, o Mínimo Produto Viável. A proposta, segundo o coordenador, é simples e objetiva: “Basicamente é a criação de uma forma mínima, mas que gere muito valor para o possível cliente”. O processo envolve novamente o contato com as empresas, agora para apresentar esse protótipo e verificar sua aceitação. É mais uma etapa de validação, só que desta vez voltada à solução. Ainda nesta tarde, os participantes entram na fase de modelagem de negócio, em que pensam em como estruturar a entrega dessa solução de maneira clara e atrativa para o mercado. “É basicamente um processo de venda, é fazer essa venda”, explica o Salomão, ao comentar a importância de transformar a ideia validada em uma proposta comercial sólida.

A estudante Mariana descreve como está a agenda da Ambientalize-se na tarde de hoje. Segundo ela, a escolha do desafio se deu a partir de uma afinidade comum entre os membros da equipe: “A gente buscou um desafio e a temática que tivesse mais afinidade com os nossos valores, com os nossos interesses e que todos nós da equipe estivéssemos de comum acordo”. Assim, o grupo optou pela temática voltada à inclusão e contratação de pessoas com deficiência no setor industrial. A partir dessa definição, os esforços da equipe se concentraram na validação da problemática , etapa que tem exigido persistência e criatividade por parte dos integrantes. Ela detalha: “entrar em contato com as empresas, conseguir conversar com alguém da área de recursos humanos, esse está sendo o nosso desafio”.

Diante da dificuldade de obter respostas por telefone, o grupo decidiu partir para uma abordagem mais direta, visitando presencialmente empresas na área industrial da cidade. Além disso, adaptaram a estratégia de contato: “A gente definiu um formulário, um questionário, para mudar a abordagem, também o que fosse mais acessível para as empresas responderem” . O grupo também buscou apoio de instituições como o Senai e entrou em contato com empresas em outros estados, como Amazonas e São Paulo. Apesar dos obstáculos iniciais, a equipe segue determinada e otimista com os próximos passos. Mariana destaca: “A gente acredita muito no potencial do problema, da necessidade que tem!” O comprometimento com a causa tem sido o motor da equipe, que já se prepara para avançar rumo ao desenvolvimento do produto mínimo viável com base nas contribuições que conseguir reunir.

A sexta-feira será dedicada à criação do pitch — a apresentação final dos projetos —, momento crucial antes das classificatórias de sábado, quando serão conhecidas as dez universidades finalistas que disputarão a grande final do Reuni Challenge.


Etapa final e premiação

A programação do Reuni Challenge 2025 continua até sábado, 13, com a etapa final marcada para às 16h, no próprio Orion Parque Tecnológico. A cerimônia é aberta ao público e marcará a apresentação das soluções desenvolvidas pelas 23 equipes participantes, vindas de universidades de todas as regiões de Santa Catarina.

O resultado será divulgado às 19h30. A equipe vencedora receberá R$ 10 mil, a segunda colocada, R$ 5 mil, e a terceira, R$ 3 mil. Também será entregue o troféu de “Universidade mais empreendedora”, prêmio simbólico de maior representatividade institucional.

Para acompanhar a participação da equipe Ambientalize-se e das demais representantes da Udesc, acompanhe o site da Udesc Lages e siga o perfil no Instagram: @udesc.lages.


Assessoria de Comunicação da Udesc Lages
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Telefone: (49) 3289-9130