Ideia é utilizar jogos em oficinas com públicos
específicos. Fotos: Daniel Pinheiro
Um trabalho interdisciplinar propôs um desafio diferente neste semestre para alunos do quarto termo de Administração Pública da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc): desenvolver jogos didáticos sobre os temas abordados nas aulas de Antropologia Política e Administração Pública I, no Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), em Florianópolis.
Nascida de uma conversa sobre atividades mais dinâmicas e desafiadoras para os estudantes, a proposta dos professores Daniel Pinheiro e Jorge Braun engajou as turmas dos períodos matutino e noturno a trabalhar em grupos, durante dois meses, na criação de 13 jogos (veja lista abaixo).
A proposta era que eles tivessem conteúdo teórico, mas finalidade prática: treinamento, fixação de conteúdos ou aprendizado de temas específicos, para serem aplicados com estudantes ou interessados pelo Campo das Públicas.
Segundo o professor Pinheiro, o formato era livre, podendo ser criado algo a partir de um modelo já existente ou inteiramente novo – e os resultados, apresentados na última terça-feira, 21, surpreenderam os docentes.
"Mesmo os jogos inspirados em modelos clássicos, como Banco Imobiliário, Super Trunfo e Perfil, tiveram conteúdo e abordagens muito bem elaborados. Alguns grupos optaram por jogos menos conhecidos ou inovaram, trazendo criações próprias. Até um jogo em plataforma eletrônica para computador foi criado”, conta o professor.
Os alunos exercitaram a criatividade na escolha dos temas: foram criados jogos com figuras ou temáticas da política nacional, abordagens teóricas (como a racionalidade ou as escolas da Administração), participação cidadã na vida política, atribuições de um prefeito, o processo de criação de uma organização não governamental (ONG) e até mesmo a rotina de um motorista de ônibus e os deveres de uma empresa de transporte público.
Nas apresentações em sala, cada grupo apresentou seu jogo e, em seguida, os alunos colocaram um por um em prática.
Segundo o professor Pinheiro, a ideia agora é trabalhá-los em oficinas com públicos específicos, a partir do próximo semestre.
Os sete jogos da turma do período matutino:
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Golpe: Jogo que usa estratégia e capacidade de blefe, com personagens inspirados na política nacional.
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Jogo do Cidadão: Jogo educativo, que mostra a trajetória do cidadão e algumas capacidades de escolha frente a dilemas do cotidiano.
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Decisão Pública: Jogo de tabuleiro e cartas, com casos e desafios da gestão pública. Tem por princípio a educação de gestores.
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Jogo da Escolha Pública: Jogo de tabuleiro, com dilemas do dia a dia do cidadão frente às escolhas públicas.
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Perfil Político: Jogo do tipo Perfil, com fatos e personagens da política atual.
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Operação Aletheia: Jogo eletrônico, mostrando traços da corrupção como desafio de um agente federal.
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Super Trunfo Motor City: Jogo de cartas, com foco em educação no trânsito, elaborado a partir de dados reais sobre acidentes com motociclistas.
Os seis jogos da turma do período noturno:
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Adivinha Pública: Jogo tipo Perfil, com temas da Administração Pública: Escolas, Pensadores, Abordagens Teóricas (conceitos).
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Game ONG: Jogo de perguntas, cujo desafio está nos passos para abertura de uma ONG.
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Corrida Eleitoral: Jogo de tabuleiro educativo, com desafios e fatos da gestão de um prefeito.
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Super Trunfo dos Municípios de Santa Catarina: Jogo de cartas, educativo, com dados e indicadores dos municípios de SC.
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Pragmatismo Político: Jogo tipo Perfil, com perguntas sobre fatos da gestão pública e política.
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O Jogo do Busão: Jogo de tabuleiro, com os desafios de operar uma concessão de transporte pública pela Ilha de SC.
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