Professor Pedro Bertemes Filho
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No próximo mês, o professor da Udesc Joinville, Pedro Bertemes Filho viaja para a Inglaterra, onde inicia um pós-doutorado na Universidade Sheffield para adquirir uma nova tecnologia usada no diagnóstico do câncer de colo de útero para realizar seus estudos. Seis sondas de eletrodos de medição elétrica serão utilizadas, a partir de 2013, em 500 pacientes da Secretaria Municipal de Saúde de São José, no Hospital do Câncer (Cepon) e no Hospital Universitário em Florianópolis.
Os aparelhos, que serão adquiridos com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), nunca foram utilizados no Brasil e a ideia é fazer um comparativo com o método Papanicolau, usado tradicionalmente.
“A tecnologia usada neste projeto, chamada de Espectroscopia de Impedância Elétrica (EIE), pode medir a resistividade das células e, então, detectar mudanças quando as células passam de normais para pré-cancerígenas e depois para cancerígenas”, explica o professor.
A identificação do pré-câncer em tecidos do colo de útero através da técnica EIE tem sido investigada há mais de 15 anos. O impacto desta tecnologia no atual exame de prevenção para o câncer do colo de útero que, por sua vez, é um processo subjetivo, resulta em uma redução significativa na necessidade dos exames de biópsia. Neste caso, há uma grande necessidade de um método não invasivo e in-vivo de medição como diagnóstico auxiliar à biópsia do câncer de colo de útero.
O desenvolvimento de uma tecnologia aplicada ao diagnóstico não invasivo do câncer de colo de útero, por meio da espectroscopia de impedância elétrica dotados de uma tecnologia sem fio e de um software para visualização on-line do espectro da impedância deve-se à carência de tal equipamento no mercado nacional e do alto custo dos aparelhos importados para este tipo de diagnóstico.
O equipamento dotará o Sistema de saúde pública ou privada de um equipamento portátil e de fácil manuseio entre aos profissionais da área. Portanto, é importante que um sistema deste tipo seja estudado e implementado para medições in-vivo em pacientes com suspeita de câncer, pois abriria uma gama de pesquisas nas diversas áreas como auxílio à diagnósticos, tais como: investigação/detenção do câncer de pele; avaliação física por meio da impedância elétrica de certos grupos musculares em humanos; estudo alternativo do uso da técnica EIE como diagnóstico auxiliar à endoscopia feita em estômago/esôfago, entre outros.
“É esperada uma redução nos custos laboratoriais para o SUS, pois o diagnóstico do equipamento eletrônico é em tempo real e mais eficaz que o exame Papanicolau, pois não apresenta pareceres subjetivos”, afirma Pedro.
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