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O professor Luiz Adolfo Hegele Júnior, do curso de Engenharia de Petróleo do Centro de Educação Superior da Foz do Itajaí (Cesfi), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Balneário Camboriú, fez pesquisas na área de mecânica dos fluidos e deu uma palestra sobre o método de Lattice Boltzmann na Universidade de Roma Tor Vergata, na Itália, em junho.

"No fim de 2014, recebi um convite do professor Mauro Sbragaglia, que conheço há três anos, para fazer uma visita à universidade italiana com todos os custos de viagem e hospedagem pagos. O professor Mauro está ligado ao Departamento de Física da instituição e coordena o projeto Droplets & Emulsions, o Droemu", conta Hegele.

O docente, que é o atual diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da Udesc Balneário Camboriú, também já mantinha contatos com outro pesquisador do Droemu, o professor Andrea Scagliarini, após um evento realizado no ano passado, na França, do qual Hegele participou com apoio do Programa de Auxílio à Participação em Eventos (Proeven).

Na semana de trabalhos em Roma, o professor da universidade catarinense e os pesquisadores italianos conseguiram achar uma solução para um problema relacionado às condições de contorno para problemas térmicos, que pode ser aplicada em várias áreas da Engenharia, como fluidos e reservatórios (jazidas subterrâneas). "Nós saímos com um resumo para um artigo sobre o tema, que será publicado até o fim deste ano."

O próximo passo será o acerto de parceria entre grupos de pesquisa da Udesc e das universidades Federal de Santa Catarina (UFSC), de Roma Tor Vergata e de Jyväskylä, da Finlândia, para uma pesquisa sobre o escoamento de fluidos complexos, como, por exemplo, água e óleo dentro de rochas de reservatórios.

"Haverá um encontro de pesquisadores das quatro universidades em julho, durante um evento em Edimburgo, na Escócia, no qual o projeto será definido", antecipa Hegele.

Sobre o Droemu

O projeto Droplets & Emulsions, que iniciou em 2011 e tem atualmente 11 pesquisadores, busca encontrar uma estrutura unificada para caracterizar e criar modelos de interfaces em geometrias confinadas por meio de uma plataforma numérica de micro e nanofluidos.

"As aplicações de micro e nanofluidos atualmente são numerosas, incluindo sistemas de lab-on-chip [dispositivo que integra uma ou várias funções de laboratórios em um único chip] baseados em micromanipulações de gotículas discretas, emulsões de interesse das indústrias de alimentos e medicamentos e técnicas de separação analítica de biomoléculas, como proteínas e DNA", explica o coordenador Sbragaglia na descrição oficial do projeto.

De acordo com ele, os problemas envolvidos contêm diversas micro e nanoestruturas que apresentam uma grande variedade de tempos de existência e escalas atômicas, e a interação das dinâmicas nessas escalas ainda não foi totalmente compreendida. 

"A força desse projeto está em uma abordagem numérica inovadora e altamente desenvolvida, baseada nos modelos mesoscópicos [escala que fica entre a macroscópica, do mundo em que vivemos, e a microscópica, dos átomos separados] de Lattice Boltzmann, acoplada à física molecular microscópica e apoiada por modelagem teórica, teoria da lubrificação e validação experimental", destaca Sbragaglia.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Rodrigo Brüning Schmitt
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