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Notícia

04/11/2016-18h49

Professor da Udesc realiza relançamento de livro sobre teatro e política na próxima terça

Imagem: Divulgação

O professor Edélcio Mostaço, do Departamento de Artes Cênicas do Centro de Artes (Ceart), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Florianópolis, relançará na próxima terça-feira, 8, às 18h, o livro "Teatro e Política: Arena, Oficina e Opinião".

O evento será realizado na Sala 403 do Bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Após o evento de lançamento, será ministrada a palestra "Teatro e Política: ontem e hoje". A atividade faz parte da 4ª Semana Acadêmica de Artes Cênicas da UFSC.

O livro, que foi publicado pela primeira vez em 1982, relata a trajetória artística de três dos  principais grupos teatrais brasileiros das décadas de 50, 60 e 70, dedicando especial ênfase às questões ideológicas que perpassaram aquele período.

Fruto de uma longa pesquisa, a publicação tornou-se referência para os estudos da história das artes cênicas no país, por isso fez-se necessária uma reedição do livro.

As normas ortográficas foram atualizadas, mas mantendo a mesma linha de pensamento da primeira publicação. Também foi incluído um posfácio do autor  que resume a trajetória e a importância do livro ao longo do tempo, e um prefácio da professora e pesquisadora Silvana Garcia, da Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo (USP).

Sobre o autor

Professor titular da Udesc, atuando na graduação, pós-graduação e supervisão de pós-doutorado, e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Edélcio Mostaço possui graduação em Direção Teatral e Crítica Teatral pela Universidade de São Paulo (1974) e doutorado em Artes-Teatro pela Universidade de São Paulo (2002).

Foi professor visitante no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo. O professor atua principalmente nos seguintes temas: história cultural e teatro, crítica e recepção, intertextualidade cênica, teatro brasileiro, pós-modernismo cênico, performance e performatividade. É Líder do grupo de pesquisa Inter-textos, da Udesc, e membro da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação (Abrace), Federation International de Recherche Théàtrales (Firt) e da Associacion International de Crítiques de Théâtres (IATC).

Sobre a publicação

No posfácio, Edelcio Mostaço situa a contribuição do livro para a história do teatro brasileiro:

“O centro nervoso do debate está ligado à noção de superação da modernidade. Como se sabe, existem inúmeras e contraditórias posições sobre a questão, o que evidencia, de saída, uma opção do analista frente a qual delas adotar, ao mesmo tempo em que deposita com seus argumentos aquele mínimo indispensável de crença que o impulsiona a seguir. As utopias preparam as revoluções, sem elas não há projeto a orientar a ação. E se utopia significa um outro topos – um território -, é porque se constitui na planície sobre a qual os sonhos são plantados, as edificações encontram seu regime e a polis vai se instituir, criando a densidade de relações humanas que conhecemos como sociedade.

Há um mito que aduba e impulsiona toda nossa década de 60 – Brasília. Gestada e implantada nos anos que precederam sua inauguração, no cadinho quente de nosso período desenvolvimentista, seu projeto de cidade utópica galvanizou todas as forças da Nação, fazendo desaguar na disputa pela polis tanto os sonhos mais luminosos de um futuro de esperanças, quanto os vícios mais renitentes e provincianos enraizados em nosso passado. Espécie de esfinge interrogante, Brasília tornou-se a arena mais palpável das disputas ideológicas, políticas e artísticas que o Brasil conheceu naquele instante de alta modernidade. (...)

A arte teatral está umbilicalmente vinculada à urbe, à polis, à partilha do sensível, o que me dirigiu, desde o início, a perquirir não apenas as raízes daquela discussão como, sobretudo, perceber Brasília – enquanto uma utopia, discernível ou indiscernível no texto - como a fonte mítica originária pulsando todo o tempo nas entrelinhas das cenas que os grupos ideológicos dos anos de 1960 encenavam. Ora, se estávamos condenados a superar a modernidade, para onde se dirigiam as setas disparadas pelos artistas que dominavam os palcos? Que artefatos eles dispunham, que saberes os moviam, que técnicas de representação utilizavam e, sobretudo, que palavras de ordem foram eleitas para seu léxico de discursos e ações?

Há, portanto, no bojo de todas essas injunções, propostas, intenções e gestos, ideologias e programas de atuação, tornando aquelas encenações disputas pela hegemonia de pensamento, tornando os palcos não mais uma pacífica exposição de figure brasiliensis em busca de alteridade, mas máquinas de guerra em confronto num campo de batalha.”

Serviço:

O QUÊ: Relançamento do livro 'Teatro e Política: Arena, Oficina e Opinião" (Annablume Editora), de Edélcio Mostaço.
QUANDO: 8 de novembro, às 18h.
ONDE: Sala 403 do Bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), da UFSC, Campus Reitor João David Ferreira Lima, s/n, Bairro Trindade, Florianópolis.
QUANTO: Evento gratuito.

Assessoria de Comunicação da Udesc Ceart
E-mail: comunicacao.ceart@udesc.br
Telefone: (48) 3664-8350

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