Orientar crianças entre os nove e 10 anos de idade sobre métodos de higiene pessoal e de manipulação de alimentos, são alguns dos objetivos do projeto Reeducação Alimentar em Escolas Urbanas de Lages, desenvolvido pela Universidade do Estado de Santa Catarina no município serrano. Coordenado pela professora Cristiane Pellizaro Batalha, a ação de extensão já atingiu, desde 2004, aproximadamente 500 crianças.
O projeto, atualmente, está sendo posto em prática em três escolas de Lages: Escola Básica Rubens de Arruda Ramos, Escola Zulmira Auta da Silva e Escola Professor Trajano. Cada um, com uma turma, entre o 3º e o 4º ano do ensino fundamental, contemplando cerca de 30 alunos, cada escola.
Um aluno bolsista do Centro de Ciências Agroveterinárias da Udesc (CAV), acompanhado de mais dois ou três alunos voluntários, são orientados para darem aulas às crianças sobre o assunto. “Demonstrar aos estudantes os benefícios de uma alimentação saudável através da definição de nutrientes, alimentação equilibrada, grupos de alimentos e exemplos de lanches saudáveis; além de melhorar o estado de saúde dos jovens; e ensinar aos estudantes maneiras de melhor aproveitar os alimentos, bem como maneiras de conservar e industrializar os mesmos; são tarefas desenvolvidas pelo projeto”, acrescenta a coordenadora.
Atividades desenvolvidas
Durante as aulas, os alunos trabalham em diversas atividades didáticas, sempre relacionadas à higiene pessoal, à manipulação correta dos alimentos, à importância do consumo de frutas, hortaliças, leite, à fabricação de derivados desses produtos como frutas em calda, salada de frutas, iogurte, conserva de frutas e hortaliças, entre outros. Além disso, são utilizados materiais didáticos como cartilhas e palavras cruzadas.
Outra estratégia utilizada no projeto de extensão é de levar as crianças até a universidade, dando a elas oportunidade de conhecer melhor o trabalho da instituição e desenvolver o que aprendem na escola, dentro do laboratório do Núcleo de Tecnologia de Alimentos (NUTA), da Udesc. “As crianças adoram visitar as dependências do CAV. O micro-ônibus da instituição vai buscá-las para fazermos aulas práticas”, diz Cristiane Batalha. Segundo ela, nessas aulas são feitas, por exemplo, compotas de abacaxi em calda. Além disso, as crianças têm a oportunidade de conhecer outros projetos desenvolvidos pela universidade, como por exemplo, o de plantas medicinais, fruticultura, os desenvolvidos no laboratório de entomologia (estudo dos insetos) e outros.
Segundo a coordenadora, muitas dessas crianças não possuem orientação em casa sobre higiene e alimentação. “Muitas, nem escova de dente possuíam”, acrescenta Cristiane Batalha, que diz que através do projeto, muitos pais têm mudado de comportamento, aprendendo com os filhos, que levam orientação da escola para casa. “Foi expandida a direção das escolas, assim como das famílias dos alunos, ambos são testemunhas de mudanças no comportamento alimentar desses alunos, que visa a melhoria da qualidade de vida dessas crianças”, finaliza Cristiane Batalha.
Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Heloíse Guesser
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