Notícia

O Festival Internacional de Arte e Cultura José Luiz Kinceler (FIK 2025) trouxe música, fotografia, teatro, artesanato e diversas formas de arte e cultura para o Campus 1 da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), no bairro Itacorubi.

A sexta edição itinerante do evento, realizada de 19 a 23 de novembro, teve a presença de mais de 110 atrações culturais em diversos formatos, como apresentações, oficinas, palestras, exposições e rodas de conversa.

A realização das edições do FIK 2025 integra a programação especial dos 60 anos da Udesc, celebrados em 20 de maio deste ano.

Arte que nasce na Udesc

Segundo o diretor-geral do Centro de Artes, Design e Moda (Ceart), o professor Lucas da Rosa, essa edição do festival é uma celebração muito importante à arte e cultura que nasce na Udesc. “Queremos mostrar que o trabalho artístico é essencial à educação. São 40 anos que a Udesc Ceart leva as linguagens da arte, cultura, design e moda para a sociedade”, enfatiza.

O festival foi um lugar de acolhimento e reencontro de diversos egressos dos cursos da Udesc Ceart que retornaram como expositores no evento, de acordo com o coordenador de Cultura da Udesc, Rodrigo Moreira da Silva.

“É muito bonito reencontrar as pessoas que fizeram parte da história da universidade, uma verdadeira troca de gerações. Nós queríamos justamente fortalecer a rede de artistas da cidade e acredito que o festival conseguiu atingir esse objetivo”, diz o coordenador.

Cultura movimenta a instituição e a cidade

Além de reunir a comunidade acadêmica, o FIK foi um local de trocas entre pessoas externas à universidade.

Julie Zacheu, moradora de Florianópolis e formada em artes cênicas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), visitou o evento e ressaltou que o maior destaque para ela foi a abertura do espaço para todo o público.

“Mesmo você não sendo da arte, todos somos um pouco artistas, então o festival é um momento para aproveitarmos isso e trocar ideias, conversando enquanto participamos das atividades”, comentou.

Na abertura do evento, na quarta-feira, 19, o auditório da Udesc Ceart reuniu as autoridades da organização do festival, com a presença do diretor da Udesc Ceart, Lucas da Rosa, do reitor da Udesc, José Fernando Fragalli, e da vice-reitora, Clerilei Aparecida Bier.

Logo após, o grupo vocal Madrigal, projeto de extensão do Departamento de Música da Udesc, formado por alunos e ex-alunos da universidade, fez uma apresentação.

Programação

Durante os cinco dias, a Udesc recebeu diferentes atividades envolvendo o público na prática. Feiras, oficinas, lançamentos de livros, palestras, exposições, ensaios, desfiles e apresentações encheram salas e espaços abertos da universidade.

O Pense com Arte teve a sua primeira participação no evento neste ano. Demetrius Sorgon, um dos oficineiros responsável pelas atividades da iniciativa, contou como foi interessante observar diferentes grupos se envolvendo nas produções realizadas.

O projeto atua com arte, cultura e educação, produzindo jogos e incentivando a participação e acessibilidade para pessoas com deficiência, além de trazer tabuleiros e brincadeiras de outras culturas como da Ásia, África e de povos indígenas.

No FIK, trouxeram uma oficina com jogos adaptados para pessoas com deficiência visual, apresentaram o espetáculo “Cantigas de Boi" e fizeram o “Lixossauro”, um boneco em formato de dinossauro produzido com sucata que atraiu o interesse do público presente no evento.

“Vieram participar crianças que já tem essa ligação com a arte, então para eles não foi segredo construir o ‘Lixossauro’, que é uma manifestação coletiva, a gente nunca sabe o que vai sair dele, mas é sempre encantador”, explica Demetrius.

Próximos passos

Em 2025, o FIK se tornou um festival institucional, organizado pela Coordenadoria de Cultura (CCult), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade (Proex) da Udesc, com envolvimento e colaboração de todos os centros da universidade.

A vice-reitora da Udesc, professora Clerilei Bier, acompanhou o último dia de atividades do encontro. “Encerramos o FIK com um sentimento de orgulho e dever comprido. O evento serve como base para sonharmos com as próximas edições, que agora acontecem de forma institucional bianualmente, apresentando ainda mais as iniciativas desenvolvidas na Udesc para outros centros e regiões de Santa Catarina”, afirma a vice-reitora.

Clerilei revela que a intenção, a partir de agora, é que o FIK consiga atingir de forma ampliada a comunidade de Florianópolis, com projetos artísticos e eventos culturais externos sendo realizados concomitantemente às atrações da Udesc.

“Fica a promessa que, em 2027, possamos refletir ainda mais o mundo das artes, o símbolo de troca e a memória do professor Kinceler”, enfatizou.

Nesta edição, o Festival trabalhou com edições itinerantes em outros centros de ensino da Udesc. A ação, assim, valorizou a produção cultural e a formação de redes artísticas em diferentes regiões catarinenses.

Além de Florianópolis, o evento passou por Lages (24/07), Ibirama (24/08), Caçador (28/08), Laguna (25/09) e Balneário Camboriú (29/10). E em dezembro finaliza com um evento em Chapecó (12/12).

Participação da comunidade Udesc

O coordenador de Cultura, Rodrigo Moreira, relata que houve um grande movimento de pessoas da própria comunidade acadêmica para a realização do evento. O festival teve a participação e ajuda de diversos grupos e projetos, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e grande presença de equipes da Udesc Ceart.

“É bastante gente envolvida, esse caráter da coletividade remete ao próprio legado do José Luiz Kinceler, o homenageado do festival”, conclui Rodrigo.

José Luiz Kinceler

O festival homenageia o pesquisador e artista José Luiz Kinceler, de 1960, e sua proposta relacional integrando a arte e a vida. Falecido em 2015, Kinceler foi professor da Udesc Ceart, destacando-se por práticas contemporâneas de produção de arte coletiva.

Sua ação voltava-se, principalmente, para a formação de estudantes engajados em projetos artísticos desenvolvidos em comunidades, promovendo a luta pela arte pública de novo gênero e processos criativos emergentes.

Kinceler foi um dos pioneiros das oficinas de arte do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, o nome dele também está fortemente ligado a exposições coletivas e individuais em Santa Catarina, no Brasil, nos Estados Unidos e na Argentina. O professor também criou o Monumento Integração Conesul, instalado no jardim do CIC, em 1996.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail da Coordenadoria de Cultura ccult.reitoria@udesc.br ou do Festival Internacional fik2025@udesc.br.


Assessoria de Comunicação da Udesc
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefone: (48) 3664-8006