Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) teve premiados e reconhecidos nas cinco categorias em que participou
Projetos do CAV têm como característica a forte interação com o contexto socioeconômico e cultural da região serrana. Foto: Adi Leonardo.
O 1º Prêmio Udesc de Inovação revelou os vencedores na última quarta-feira, 11, no Auditório do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), Campus I da Udesc, em Florianópolis. A premiação colocou em evidência agentes e práticas que geram resultados concretos, aprimoram e transformam os meios acadêmico, científico e social.
Entre os finalistas revelados na quarta-feira, 27 de maio, o Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) participou nas categorias Graduação, Pós-Graduação, Egresso, Projeto e Técnico, e teve premiados e/ou reconhecidos em todas.
Categoria Graduação
Representante na categoria “Graduação”, a
VetSapiens obteve reconhecimento na premiação. Idealizada e realizada pelos estudantes Adriele Perazzoli, Eduarda Karolyne Scheffer, Geovana Speck da Cunha e Gustavo Moreno Sanches , com o apoio das orientadoras, professoras Mere Erika Saito e Sandra Maria Ferraz . A empresa júnior do Curso de Medicina Veterinária tem o objetivo de preparar alunos que desejam ser profissionais autônomos futuramente. A iniciativa tem o apoio dos demais professores do Curso de Medicina Veterinária e da direção de Extensão da Udesc Lages.
O trabalho conecta laboratórios da faculdade com pequenos e médios
produtores rurais da Região da Serra , oferecendo
diagnósticos para problemas
sanitários com alta qualidade e a preços acessíveis. A parceria auxilia os produtores na melhoria da eficiência produtiva, combatendo desafios como parasitas resistentes e bactérias. Os serviços incluem exames de
cultivo e antibiograma , que dão suporte à tomada de decisão pelos agricultores.
“Para nós foi uma honra contribuir com a história da nossa faculdade [...] Nunca antes houve uma iniciativa tão consolidada de aprimoramento pessoal quanto o que a VetSapiens representa. A carga teórica de nosso curso tem nível de excelência, mas sabemos da falta que o contato com o mercado de trabalho faz no nosso futuro como profissionais, e nomear a empresa júnior no 1º Prêmio de Inovação é mais um incentivo para saber que estamos no caminho certo!” – declara, orgulhosa, a acadêmica Adriele Perazzoli.
Mais informações a respeito do projeto estão disponíveis em
seu perfil no Instagram.
Categoria Pós-Graduação
Em 1º lugar na categoria Pós-graduação, o projeto “
Poda mecânica na cultura da videira ” é resultante dos estudos de doutorando de
Lindomar Velho de Aguiar Júnior junto ao Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal. O projeto consiste no desenvolvimento de um protótipo de podadora mecânica para a cultura da
videira na Serra Catarinense . O objetivo é o de mecanizar a prática da poda, reduzindo a dependência de mão de obra manual e aumentando a eficiência operacional.
Frente à
escassez de mão de obra e onerosidade da operação , que compromete a viabilidade econômica e a competitividade do setor, o projeto estabeleceu uma parceria público-privada entre o setor produtivo (vitícola), a Universidade e a indústria metalmecânica, com apoio e fomento da
FAPESC .
A mecanização diminui os custos de produção e otimiza o tempo da prática das podas na viticultura da Serra Catarinense. O projeto beneficia os produtores da região, melhora a eficiência operacional, reduz custos, promove a qualificação de mão de obra especializada e fortalece a competitividade e a sustentabilidade da viticultura regional.
Para Lindomar, o reconhecimento do trabalho por meio do prêmio “simboliza não apenas o mérito da pesquisa de doutorado, mas também o esforço coletivo de uma equipe comprometida em conectar ciência, tecnologia e setor produtivo em prol do desenvolvimento da viticultura regional com ciência aplicada onde realmente importa: no campo”. Em sua trajetória de formação no doutorado, ele recebe a premiação como reconhecimento de um compromisso com soluções práticas, sustentáveis e inovadoras para os setores vitícola e agrícola.
Além do doutorando e de seu orientador, professor
Leo Rufato , entre os integrantes do projeto estão a coorientadora,
Adrielen Tamiris Canossa , a mestranda em Produção Vegetal
Beatriz Lôndero Ferrari , o Enólogo responsável da vinícola Villa Francioni,
Nei Geraldo Rasera , o representante da Industria Metalmecânica HidrauTec, Júnior Mundin, o bolsista de iniciação científica, acadêmico do Curso de Agronomia
Helton Germano Mees , e a professora
Aike Anneliese Kretzschmar .
A categoria Pós-Graduação do 1º Prêmio de Inovação da Udesc, inclusive, premiou e conheceu apenas trabalhos do CAV. Nela receberam reconhecimento outros dois trabalhos do Centro, os projetos dos doutorandos Lamine Sanó e Anderson Andrade.
O projeto
“Soluções tecnológicas para aumentar a indução floral e rendimento de morangueiro cultivar Pircinque na Serra Catarinense”, representado pelo estudante do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
Lamine Sanó tem como objetivo investigar como a iluminação suplementar com
LEDs (Diodos Emissores de Luz) pode ser utilizada para aumentar a produtividade e a qualidade dos frutos de morangueiro da cultivar (variedade) Pircinque, lançada em 2016 pelo
Programa de Melhoramento do CAV .
O projeto começou pela observação de um desafio enfrentado pelos produtores de morango da Serra Catarinense. A cultivar Pircinque é bem
adaptada à região , mas, por ser de "dia curto", sua produção tende a diminuir significativamente quando os dias se tornam mais longos, especialmente após o equinócio da primavera (setembro). Isto encurta a janela de colheita e afeta a sua produtividade. Assim, a solução tecnológica para
estender esse período produtivo foi a iluminação suplementar com LED’s. O estudo é desenvolvido na área experimental do grupo de pesquisa em
Fruticultura da Udesc Lages , abrangendo as safras de 2022/23 e 2023/24. O projeto conta com o
apoio da FAPESC/CAPES , por meio do Edital Nº 06/2023.
Conforme Lamine, o estudo é pioneiro no contexto brasileiro para esta cultivar e aplicação específica. Entre os aspectos inovadores da pesquisa está “a extensão da safra, com a possibilidade de
alongar a janela de produção em pelo menos dois meses, concentrando parte da produção no mês de dezembro, período de alta demanda pela cultura para sobremesas na comemoração do Natal. Este é um avanço significativo que impacta diretamente a
viabilidade econômica dos produtores e a oferta de fruta fresca por mais tempo” – afirma o doutorando. Ainda, conforme o pesquisador, “a validação científica local é um diferencial, pois embora o uso de LED’s na agricultura seja crescente, estudos detalhados e validados para cultivares específicas, sob as
condições específicas da Serra Catarinense , e com foco na otimização da indução floral e na produtividade, ainda são pioneiros”.
O projeto também se distingue pela sua vertente de
tecnologia aplicada , buscando gerar recomendações práticas e transferíveis diretamente aos produtores, transformando conhecimento científico em solução tecnológica. Sob orientação do
Prof. Dr. Leo Rufato , este trabalho específico com LED’s é uma parte do projeto maior chamado
"Soluções Tecnológicas para Melhor Eficiência Produtiva das Cadeias Produtivas da Cultura do Morangueiro na Serra Catarinense" , coordenado pelo
Prof. Dr. Antonio Mendes de Oliveira Neto.
O doutorando Lamine afirma que “para o projeto, que busca soluções tecnológicas para o morangueiro na Serra Catarinense, ser finalista é um forte reconhecimento oficial UDESC, validando sua relevância e potencial de impacto real”. O pesquisador afirma que “essa credibilidade gera uma visibilidade estratégica fundamental, projetando a pesquisa para fora dos muros da universidade e abrindo portas essenciais para futuras parcerias com o setor agrícola e para a captação de recursos, que são importantes para transformar nossa pesquisa em uma solução prática no campo”.
Lamine compreende que o prêmio vai além do projeto em si: “O certificado de 'agente inovador' reconhece um perfil profissional que venho construindo, focado em aliar o rigor científico à solução de problemas concretos da sociedade. Isso se torna um marco no meu currículo, um diferencial competitivo que sinaliza um compromisso com a transferência de tecnologia e, acima de tudo, funciona como um estímulo extraordinário para continuar trilhando este caminho que une a academia ao desenvolvimento regional”.
Também reconhecido na categoria Pós-Graduação, o projeto
“Inovação na Detecção Visual de Amplificação por LAMP: Uma Descoberta Simples com Potencial Transformador em Diagnóstico Molecular” faz parte dos estudos de doutorado em Bioquímica e Biologia Molecular de
Anderson Varela de Andrade na Udesc Lages . O trabalho foi iniciado com o apoio da
Scienco Biotech , e visa à criação de uma ferramenta para diagnóstico molecular mais sensível e de fácil aplicação, para a
detecção de Streptococcus agalactiae.
A bactéria,
na maioria das vezes assintomática , é comumente encontrada no trato genital e urinário de mulheres e está relacionada a infecções graves. No caso de mulheres grávidas, há
risco de contaminação do bebê tanto durante a gestação, quanto no parto . Diante disso, a utilização da
técnica de amplificação isotérmica por loop (LAMP) , tem contribuido para a
redução da mortalidade e morbidade neonatal associada à infecção perinatal. Os resultados da pesquisa atenderão
laboratórios públicos e privados que buscam métodos diagnósticos
rápidos e confiáveis para aplicação no pré-natal.
A equipe junto à qual Anderson desenvolve seus estudos é composta por outros estudantes de pós-graduação em bioquímica e biologia molecular e o estudante de Medicina da UNIPLAC
Thiago Pereira Goulart . O grupo trabalha sob orientação dos professores do CAV especialistas na área, seu orientador,
Gustavo Felippe da Silva , e a professora
Maria de Lourdes Borba Magalhães. O trabalho tem sido desenvolvido no
Laboratório de Biologia Molecular da Udesc Lages , com etapas como
isolamento bacteriano ,
extração de DNA e desenvolvimento do ensaio LAMP , entre outras. As análises vêm sendo realizadas com
amostras clínicas previamente coletadas e cultivadas, seguidas de
testes de sensibilidade e especificidade
das técnicas moleculares .
Categoria Egressos
Premiada com o 1º lugar na Categoria Egressos, a
ECx Soluções em Saúde do Solo – startup pré-incubada no Orion Parque Tecnológico de Lages – atua na promoção de práticas agrícolas sustentáveis, por meio de avaliações ecotoxicológicas que asseguram a segurança ambiental de insumos e resíduos agrícolas e industriais. Ao primar pelo que é seguro para a vida do solo, a empresa também oferece, como serviço complementar, análises de biocompatibilidade entre agrotóxicos e bioinsumos, contribuindo para uma agricultura moderna, eficiente e ambientalmente responsável.
A ECx nasceu do trabalho desenvolvido no Laboratório de Ecotoxicologia Terrestre, em um contexto de crescentes demandas por estudos sobre agentes tóxicos ao ambiente e por análises de risco ambiental (ARA). O projeto que deu origem à empresa foi incentivado pelo professor Dr.
Osmar Klauberg Filho, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS), e segue contando com sua mentoria. Nessa fase inicial, os estudantes
Daniela Tomazelli,
Douglas Alexandre,
Rafaela Alves dos Santos Peron,
Thiago Ramos Freitas iniciaram o processo de validação de mercado por meio dos programas Cocriation Lab e Reuni. A ECx já atende multinacionais do setor agro, que buscam soluções científicas para a avaliação da segurança ambiental de seus produtos.
A empresa foi representada no 1º Prêmio Udesc de Inovação pelo engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Ciência do Solo
Douglas Alexandre. Atualmente, ele é pesquisador de Pós-Doutorado e professor colaborador na área de Biologia Solo na Udesc Lages. Informações sobre a ECx estão disponíveis também em
seu perfil no Instagram.
Categoria Projeto Inovador
O CAV esteve representado por dois projetos na Categoria Projeto Inovador, um voltado a hortaliças e outro, a sementes.
Em primeiro lugar no Prêmio, o projeto intitulado
“Sistema plantio direto de hortaliças: transição agroecológica para um novo modo de produção” foi representado por seu coordenador, professor Dr.
Álvaro Mafra. De modo geral, o sistema de plantio direito é novidade no cultivo de hortaliças, mas oferece vantagens, como a
diminuição da erosão do solo e a
quebra do ciclo de proliferação de doenças e fungos . "O plantio direto traz benefícios ambientais e promove a saúde da planta", afirma Mafra.
A inovação
substitui o manejo convencional – com preparo intenso do solo e altas taxas de erosão (degradação do solo) – por
práticas conservacionistas . Entre estas práticas, estão o preparo reduzido, a cobertura do solo, a rotação de culturas e a adubação dos cultivos conforme as taxas de absorção dos nutrientes, medidas que
mantêm ou até aumentam a produtividade dos cultivos . Nesse contexto, há redução no uso de insumos, ou seja,
menor custo de produção e geração de
produtos mais saudáveis , com carga mais baixa de pesticidas.
A respeito da premiação, professor Álvaro declara que “sua importância para o projeto é reconhecer a necessidade de cuidar do solo nos cultivos de hortaliças. Estes cultivos ocorrem algumas vezes em áreas declivosas e proteger contra erosão é um fator de manter ou até aumentar a capacidade produtiva das terras”. Em sua carreira profissional, ele considera que o prêmio destaca a importância da ciência agronômica - e em especial da ciência do solo - para solucionar problemas da sociedade no cultivo de hortaliças. “O projeto vem melhorando a eficiência na produção de várias espécies importantes para o estado, como cebola, tomate, couve-flor, brócolis, repolho, moranga, chuchu, com benefícios para os agricultores” - detalha.
Em segundo lugar na categoria, o projeto intitulado
“Inovação que gera impacto: ciência aplicada à extensão para o desenvolvimento do setor sementeiro”, realizado pela Udesc de Lages, visa a integrar o ensino, a ciência e a sociedade. A proposta é promover ações práticas e inovadoras no setor de sementes por meio de seis ações. Entre elas, estão análise de sementes, treinamentos internos e externos, organização de seminários internos e toda parte de estabilidade de sementes associada ao produtor de sementes (soja e arroz). Além de estimular a produção sementeira de qualidade, mantém o controle rigoroso no monitoramento e nas análises.
O estudo promove soluções tecnológicas que qualificam a produção e também a formação acadêmica crítica, além da pesquisa aplicada. A equipe conta com 22 integrantes, atuantes no Laboratório Oficial de Análise de Semestes (Laso), incluindo alunos da graduação em Agronomia e da Pós-graduação em Produção Vegetal. Além da coordenadora e responsável técnica, professora do CAV, Dra.
Cileide Maria Medeiros Coelho, participam a Dra. e responsável técnica
Daniele Nerling, as analistas Dra.
Camila Cigel e Dra.
Gesiele Priscila Buba, que desenvolve a parte de análise das sementes e assessoram na questão de treinamento, capacitações e organizações de eventos. Entre as colaboradoras em nível de graduação, estão Ana Júlia Muniz, Stephanie Scherer, Mariana dos Santos e Ana Luiza Chaves dos Santos.
Conforme professora Cileide, a pesquisa atua em parceria com instituições como Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ministério da Agricultura, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), cooperativas e prefeituras. Há ainda parcerias como a da Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do Estado de Santa Catarina (AproceSC), da Associação dos Produtores de Sementes de Arroz Irrigado (Acapsa), além da Brates Orgon Nacional relacionada ao setor sementeiro.
O
Laso que atende mais de 300 produtores de diversas regiões do Brasil. Cerca de 1.500 amostras são analisadas anualmente, totalizando 6 mil ensaios de qualidade. Além de estimular a produção de sementes de qualidade, o trabalho mantém o controle rigoroso no monitoramento e de análises, e tem ganhado destaque no setor agrícola. Mais informações encontram-se no
site do Laboratório.
Técnico
A partir da escuta atenta e sensível às necessidades dos estudantes de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal (PPGPV) do CAV, a disciplina “ Tópicos especiais em Liderança, Empregabilidade e Habilidades Emocionais”, criada em 2021, rompeu com os moldes tradicionais da academia ao abordar competências comportamentais e sociais fundamentais para a formação completa dos futuros profissionais. O projeto ficou em terceiro lugar na categoria Técnico do 1º Prêmio de Inovação Udesc.
A ideia nasceu da observação do
cotidiano dos alunos que buscavam a Secretaria Administrativa do Programa em busca de apoio não apenas técnico, mas também
emocional e pessoal . “Era evidente a angústia, os medos e as dificuldades desses estudantes. Percebi que os professores, por mais capacitados que fossem, não conseguiam, sozinhos, atender a essas
demandas que vão além da ciência”, relata o servidor da
Udesc Lages e idealizador da disciplina
Gustavo Theiss.
Com uma sólida rede de contatos e em parceria com o
Rotary Club Lages Alvorada , foi possível estruturar a
disciplina utilizando como base a metodologia do
Rotary Youth Leadership Awards (RYLA) , programa internacional de formação de jovens líderes promovido pelo Rotary Internacional. Assim, nasceu uma proposta inovadora de
30 horas-aula que mescla teoria, prática, desenvolvimento pessoal e vivência com líderes da comunidade.
A adesão surpreendeu: ao todo, participaram
67 alunos — um dos maiores públicos já registrados em disciplinas do programa. A diversidade também marcou a iniciativa, com estudantes vindos de outros centros e programas de pós-graduação. O curso contou com a colaboração de
mais de 40 voluntários , entre palestrantes, egressos e avaliadores, o que reforça o caráter coletivo e comunitário da proposta.
A respeito da cerimônia do Prêmio, Gustavo Theiss finaliza: “pra mim, a premiação faz sentido a partir do momento que a divulgação da ideia inspirar mais alguém a fazer algo pelos alunos da pós-graduação, pois está todo mundo bastante assoberbado, mas é importante ter empatia para com esses alunos”.
Todas as informações a respeito do 1º Prêmio de Inovação Udesc encontram-se na
página da Coordenadoria de Projetos e Inovação (Cipi).
Assessoria de Comunicação da Udesc Lages
Jornalista Carla Torres e estagiária Karen Candido
E-mail: comunicacao.cav@udesc.br
Telefone: (49) 3289-9130