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Notícia

05/09/2025-11h48

Artigos da Udesc Cead são publicados em dossiê sobre Ciências da Educação

Estudos abordam modelo social da deficiência, educação sexual e inclusão escolar - Imagem: Reprod.
Três artigos produzidos por pesquisadores do Centro de Educação a Distância (Cead), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), foram publicados na edição atual da Revista Humanidades e Inovação, lançada em junho deste ano, com um dossiê sobre o tema "Ciências da Educação: Pesquisas, Formação de Professores/as e Docência na Educação Básica".

O estudo "Modelo social de deficiência e autismo: Práticas exitosas para a inclusão escolar" é de autoria das professoras Geisa Letícia Kempfer Böck, da Udesc Cead, e Bruna Gomes dos Santos Costa, que atua na Rede Municipal de Palhoça. Acesse o texto.

O artigo é resultado da pesquisa de Bruna no Mestrado Profissional em Educação Inclusiva (Profei), que é ofertado em rede nacional pela Udesc Cead. Ela fez parte da primeira turma, entre 2020 e 2022, e foi orientada por Geisa.

Dois outros estudos têm coautoria da pesquisadora Graziela Raupp, professora aposentada pela Udesc Cead neste ano.

O artigo "Educação sexual emancipatória e inclusiva no currículo da educação infantil de Florianópolis" foi desenvolvido por Graziela e o pesquisador Cassiano Uberti, que é mestrando do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed) e egresso da Especialização em Educação Inclusiva (Edin), da Udesc Cead. Acesse o texto.

E o artigo "Afetividade e educação inclusiva: Conexões que transforma a aprendizagem" é de autoria de Graziela e da pesquisadora Andréa Cristina de Sá da Silveira, também egressa da Especialização em Educação Inclusiva da Udesc Cead. Acesse o texto

Sobre a publicação

Editado pela Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o periódico científico tem por objetivo "a difusão de estudos e pesquisas com especial enfoque para a linguagem e processos educativos, comunicação, educação e tecnologia, sociologia e processos de inovação gerenciais, sociais e tecnológicos".

A edição atual foi organizada pelos professores Altino José Martins Filho e Kênia Kristina Furtado, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Udesc Faed. O dossiê sobre o tema reúne "pesquisas que iluminam essas questões, ao tratar da formação de professores e professoras, da educação como ciência, considerando sua complexidade e a construção de currículos que respeitem as diversidades culturais, sociais e epistemológicas presentes nas escolas brasileiras".

Conforme os organizadores, as contribuições reunidas "instigam a pensar a docência para além de modelos tecnicistas, racionalistas, convencionais, canônicos e reducionistas, valorizando os saberes docentes, os vínculos comunitários e a Educação como formação humana, comprometida com a transformação social".

"Ao integrar olhares que articulam formação, pesquisa e prática docente, teorias e análises a partir do chão da escola, este dossiê busca fortalecer o campo das Ciências da Educação como espaço de resistência, existência, invenção e compromisso ético, político e estético", concluem.

Modelo social da deficiência

A pesquisa de mestrado de Bruna teve como objetivo analisar a escolarização de estudantes autistas e identificar alguns dos possíveis recursos, apoios e estratégias que favorecem a inclusão escolar.

Segundo as autoras, o referencial teórico que permeia o estudo "enfoca o modelo social de deficiência e a compreensão do autismo a partir das perspectivas da neurodiversidade".

O texto "apresenta a relação entre as concepções de deficiência e as ações dos professores para com o estudante autista na sala de aula comum".

O estudo de caso teve como campo de pesquisa duas redes de ensino municipais, com público composto por professores regentes dos primeiros e segundos anos do ensino fundamental.

As práticas exitosas apresentadas nos resultados, que favorecem a escolarização de estudantes autistas, apresentaram um denominador comum: todas promoviam a acessibilidade educacional.

"Compreender que as diferenças fazem parte da natureza humana nos permite ampliar o olhar e perceber a deficiência como um conceito relacional entre os impedimentos corpóreos e o ambiente no qual está inserido. Procurar as dificuldades no ambiente e não no estudante favorece a identificação das barreiras e a elaboração de estratégias, recursos e apoios que serão facilitadores para a transposição dessas barreiras, as quais colocam pessoas em situações de desvantagem no seu percurso de escolarização", destacam as autoras.

Educação sexual

O artigo de Graziela e Uberti aborda uma pesquisa que analisa as orientações para a Educação Sexual no currículo da Educação Infantil de Florianópolis.

"A Educação Sexual na Educação Infantil é marcada por tabu, despreparo e medo por parte das famílias e professoras/es. Mesmo com avanços na temática e aportes legais, ainda persistem problemas que envolvem o currículo das instituições educativas", afirmam os pesquisadores.

Para os autores, o estudo "mostra que existem elementos que tangenciam a educação sexual emancipatória e inclusiva, mas não apresentam profundidade no diálogo, direito ao conhecimento científico ou aproximação com as vivências cotidianas das crianças na instituição de Educação Infantil".

"Promover um currículo que fomente uma educação sexual emancipatória e inclusiva é um desafio sempre emergente, pois mobiliza a busca de diálogo e respeito, na sua forma mais genuína e necessária para a formação de indivíduos íntegros e respeitosos com a própria história e identidade particular e coletiva de uma sociedade", destacam.

Afeto e inclusão escolar

O artigo de Andréa e Graziela "investiga a relação entre afetividade e cognição, enfatizando a influência dos vínculos entre educadores e estudantes no desenvolvimento da aprendizagem e na inclusão escolar".

Conforme as autoras, o propósito do estudo foi responder de que forma as relações afetivas contribuem para o processo de ensino e aprendizagem e inclusão escolar.

"A pesquisa revelou que as relações afetivas contribuem tanto para a aprendizagem, quanto para a inclusão escolar, demonstrando que os vínculos afetivos construídos entre educadores e educandos são fundamentais para um ambiente de aprendizagem inclusivo e transformador".

"Em contrapartida, a fragilidade ou ausência dessas ligações emocionais, que, por vezes, partem das famílias, pode contribuir para o fracasso ou exclusão escolar", afirmam.

O trabalho analisa as dimensões afetiva e cognitiva no processo educacional inclusivo, focando nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com base na teoria do psicólogo francês Henri Wallon e suas contribuições para a educação.

Os achados indicam que a afetividade desempenha papel crucial na inclusão e no sucesso escolar, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e emocional dos estudantes.

"Considerar a dimensão afetiva é fundamental para garantir uma educação inclusiva de qualidade. Relações afetivas positivas no ambiente escolar, familiar e social fortalecem a aprendizagem, enquanto vínculos frágeis podem afetar negativamente o desempenho acadêmico", concluem.

Mais informações

Ao todo, a edição tem 30 artigos, um relato de experiência e um ensaio. Acesse neste link

Assessoria de Comunicação da Udesc Cead
Jornalista Gustavo Cabral Vaz
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