Filme foi exibido pela primeira vez na semana de recepção de calouros do Centro de Artes, Design e Moda.
Documentário foi idealizado durante a pandemia, em 2021.
Foto: Fernanda Ferreira
O documentário "Quem Está, Quem Esteve e Quem Virá" estreou na programação da Semana Acalourada do Centro de Artes, Design e Moda (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em março deste ano. A produção conta a história das ações afirmativas na instituição a partir da perspectiva de estudantes, professores, técnicos e trabalhadores negros.
Produzido pelo Núcleo de Diversidades, Direitos Humanos e Ações Afirmativas (Nudha), o documentário foi idealizado durante a pandemia, em 2021, como uma iniciativa do coletivo de estudantes bolsistas e voluntários do núcleo, entre eles Sérgio Anansi e Sarah Motta, que dirigiram o projeto.
O documentário mistura cenas ficcionais inspiradas nas histórias em quadrinhos da personagem Professora Antônia, criadas por Sarah Motta e Isadora Souza dentro do próprio Nudha, com entrevistas documentais. A proposta é construir uma narrativa experimental, que registre de forma sensível e crítica a presença negra no Ceart e a influência dela nas transformações da universidade.
A conclusão do documentário levou três anos e contou com a parceria de estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que colaboraram especialmente na parte técnica das cenas ficcionais.
Com cerca de 21 entrevistas realizadas, o documentário destaca personagens centrais no processo de implementação das ações afirmativas na Udesc. Desde o período anterior à criação da política até seus desdobramentos na última década.
Sérgio comenta sobre a importância do projeto, que enfatiza a luta dos estudantes negros por acesso e permanência na universidade. “O filme tem um papel fundamental do movimento negro e do movimento estudantil, além de destacar a importância das professoras negras na construção de uma educação antirracista”, fala.
O documentário ainda não está disponível online. A equipe trabalha na finalização de recursos de acessibilidade, como Libras, audiodescrição e legendas ocultas. A previsão é que o filme seja exibido em mostras e festivais no Brasil e no exterior ainda em 2025. Há também uma proposta de levá-lo a cursinhos comunitários e populares de Santa Catarina, com o objetivo de dialogar com vestibulandos sobre o papel das ações afirmativas no acesso à universidade pública.
Exibições públicas podem ser agendadas com o Nudha, que se mantém aberto a convites para levar o documentário a diferentes espaços.
Assessoria de Comunicação da Udesc Ceart
Texto pela estagiária Maria Eduarda de Souza, sob supervisão da jornalista Carolina Weber Dall'Agnese
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