Preço do tomate subiu quase 35% em junho, depois de uma redução
de 10% em maio
A inflação sentida pelos consumidores em Florianópolis foi de 0,42% em junho, um pouco abaixo que a do mês anterior, quando os preços haviam subido 0,46%. Em junho, houve alguma alta em cinco dos nove grupos pesquisados, enquanto os outros quatro tiverem redução. A energia elétrica residencial (alta de 4%) pesou novamente, com a mudança da bandeira tarifária de amarela para vermelha.
A inflação acumulada nos cinco primeiros meses de 2025 é de 3,96%. Já se considerados os últimos 12 meses, o índice acumulado está em 6,98%.
Os números são do
Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da
Fundação Esag (Fesag).
Alimentos
O grupo Alimentação e Bebidas teve um aumento médio de 0,64% em junho (idêntico ao do mês anterior). Os alimentos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa tiveram altas maiores (1,05%), enquanto as refeições fora de casa ficaram com os preços praticamente estáveis (alta de 0,01%). O padrão é praticamente o mesmo verificado em maio.
Entre os alimentos, os maiores aumentos foram novamente os dos tubérculos, raízes e legumes (14,2%). Os destaques são o tomate (34,9%) – cujo preço havia caído mais de 10% no mês anterior – e a cebola de cabeça (7,3%).
As hortaliças e verduras (4,8%) e as frutas (3,1%) também ficaram mais caras. Os maiores aumentos nesses subgrupos foram os do mamão (16,9%), morango (12,5%), alface (10,9%) e couve-flor (6,4%).
Houve ainda alguma alta nos preços das bebidas e infusões (1,5%), carnes e peixes industrializados (1%), enlatados e conservas (1%), aves e ovos (0,9%), sal e condimentos (0,6%), farinhas, féculas e massas (0,5%), carnes (0,4%), açúcares e derivados (0,4%) e leites e derivados (0,1%).
Mas alguns alimentos ficaram mais baratos. É o caso dos cereais, leguminosas e oleaginosas (-4,5%), incluindo milho de pipoca (-5,8%), arroz agulha (-4,5%), feijão preto (-4,3%) e amendoim (-4%). Também caíram os preços dos pescados (-1,7%), óleos e gorduras (-1%) e panificados (-0,2%).
Outros preços
Com a alta da energia elétrica, a habitação teve o maior aumento (1,17%) entre os nove grupos pesquisados, seguida de alimentação e bebidas (0,64%). Nos transportes, mesmo com queda nos preços dos combustíveis (-1,1%), o grupo teve alta de 0,8% – os carros próprios subiramv1,8%. Também subiram as despesas pessoais (0,40%) e gastos com saúde e cuidados pessoais (0,15%).
Por outro lado, quatro grupos pesquisados tiveram redução de preços em junho: artigos de residência (-0,41%), vestuário (-0,58%), educação (-0,26%) e serviços de comunicação (-1,27%).
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 30 de junho. O índice é publicado regularmente desde 1968.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em
udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os
boletins mensais (desde 2010) e as
séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Núcleo de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br
Telefone/whatsapp: (48) 3364-8281