Possibilidades de investigação podem ter aplicação industrial e médica, diz professor Aleksander Paterno
Prestação de contas: Paterno compartilha conhecimento
adquirido em pesquisa na Espanha. Foto Maria L. Bettini
Prevista para 45 minutos, a apresentação dos resultados da pesquisa do professor Aleksander Paterno, realizada nesta sexta-feira, dia 12, na Udesc Joinville, ocupou o dobro do tempo. Isso ocorreu, porque, depois de detalhar as fases do trabalho produzido nos 12 meses em que permaneceu na Universidade de Valência, na Espanha, Paterno passou a discorrer sobre as possibilidades de projetos de doutorado a partir das questões levantadas por sua pesquisa, intitulada “Propriedades elásticas de fibras ópticas sob difusão de hidrogênio e deutério por espalhamento Brillouin estimulado”.
Dirigindo-se aos alunos presentes, o professor brincou: “Está buscando problema de pesquisa de interesse industrial para poder aplicar seus conhecimentos de engenharia que está aprendendo agora? Eu estou por trás desses problemas”. Ele afirmou que o conhecimento sobre o assunto está bem desenvolvido para testes em bancada, em laboratório, mas para aplicação prática ainda precisa ser criada a infraestrutura, “que é a eletrônica embarcada ou sistema integrado compacto, para poder ser usado em outros lugares”. Esse tipo de desenvolvimento em cada um dos problemas apontados pela pesquisa, segundo Paterno, permite uma tese de doutorado. “Ou seja, converter o que vimos aqui em aplicação industrial, ou médica-industrial, por exemplo”.
Um dos pontos destacados pelo professor é a necessidade de os futuros pesquisadores pensarem um pouco adiante, quando a tecnologia para a produção do hidrogênio estiver madura. “Uma vez produzido, o que precisa para transportar e para usar o hidrogênio? Precisa de sensores”. O desenvolvimento de sensores envolveria uma abordagem multidisciplinar, o que se encaixa em vários editais de fomento vigentes no país. Paterno sugeriu até mesmo o contato a ser acionado: o pró-reitor de Pesquisa da Udesc, Sérgio Pezzin, que estuda o tema e colocou a universidade no centro de produção de hidrogênio no país, liderado pela Unicamp.
“É uma oportunidade, e é garantido, porque ninguém vai abandonar o hidrogênio. Ele é muito melhor do que gás e petróleo. É fantástico porque é um benefício à sociedade, então você vai estar melhorando a qualidade de vida das pessoas por meio da engenharia”, disse Paterno.
Todo o percurso da pesquisa feita em Valência, como o uso do método FSBS (Forward-Stimulated Brillouin Scattering) e os resultados da investigação principal — resposta dinâmica e alterações nas propriedades elásticas em fibras óticas de sílica quando submetidas à difusão de hidrogênio e deutério em alta pressão — serão abordadas nas aulas do professor Aleksander Paterno no próximo semestre.
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