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Notícia

03/09/2021-14h40

Pesquisadoras da Udesc Cefid contribuem para dossiê sobre lazer e direitos humanos

Revista Brasileira de Estudos do Lazer publicou dossiê com artigos - Foto: Pexels
A Revista Brasileira de Estudos do Lazer (RBEL) publicou um dossiê sobre Lazer e Direitos Humanos produzido com participação de pesquisadoras do Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (Laplaf), do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e de instituições da Austrália e de Hong Kong. Acesse o dossiê.

Com periodicidade quadrimestral, a RBEL é uma publicação da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Estudos do Lazer (Anpel) que tem como objetivo divulgar a produção científica nacional e internacional sobre o lazer e temas afins. O dossiê faz parte da edição de maio/agosto (volume 8, número 2), lançada em 26 de agosto.

A coordenadora do Laplaf, professora Alcyane Marinho, é autora do editorial e, em parceria com outra pesquisadora, de um dos três artigos que compõem o dossiê.

Alcyane explica que os três artigos são resultado de discussões atuais de pesquisadores da área e retratam "o lazer e suas relações com os direitos humanos".

Organização Mundial do Lazer

Para a professora, a inspiração para a obra surgiu a partir do evento Human Rights and Leisure: The WLO Charter for Leisure, realizado de forma online pela Organização Mundial do Lazer em setembro de 2020.

O webinar promoveu o debate entre acadêmicos, profissionais e representantes de órgãos públicos e privados da área de lazer de diferentes países e culminou com a apresentação da terceira revisão da Carta da Organização Mundial do Lazer 2020.

Conforme Alcyane, a nova edição trouxe ao texto, que foi publicado pela primeira vez há 50 anos, "atualizações e mudanças importantes relacionadas às questões sociais e globais emergentes".

Artigos

O primeiro artigo do dossiê, escrito pelos pesquisadores Atara Sivan, da Universidade de Hong Kong, e Tony Veal, da Universidade de Tecnologia de Sydney, na Austrália, apresenta justamente a revisão da carta.

No texto, os autores compartilham o histórico e as razões para a revisão, posicionando a carta diante dos direitos humanos globais e examinando seu papel potencialmente significativo nos contextos político, de pesquisa e de prática do lazer.

Para eles, a revisão da Carta para o Lazer "deve ser entendida como o início de um processo de promoção das ideias a respeito dos direitos do lazer, capaz de contribuir para a pesquisa, para o debate e a educação em torno desta questão significativa nos dias atuais".

Papel dos estudiosos

O segundo artigo da RBEL, de autoria de Richard McGrath, da Universidade do Sul da Austrália, faz provocações sobre o papel dos estudiosos da área no que diz respeito ao lazer como um direito humano.

O autor enfatiza que o lazer para ser promovido como um direito humano requer, necessariamente, apoio, ações e defesa de todos os envolvidos em estudos sobre o assunto, sendo, portanto, necessárias ações coletivas envolvendo pesquisas e lideranças a favor desse direito.

Contexto brasileiro

E o terceiro artigo do dossiê é um ensaio teórico sobre o lazer à luz dos direitos humanos no contexto específico brasileiro. O texto foi escrito por Alcyane Marinho e pela pesquisadora Maria Eduarda Tomaz Luiz, mestranda da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc).

O texto destaca que o lazer, "profundamente entrelaçado com a cultura no País", deve ser defendido como "uma rica possibilidade para que as pessoas possam exercitar a cidadania, atingir a emancipação social e encontrar suas diferentes formas de serem felizes".

Bioética

Alcyne conta que seu envolvimento com o tema dos direitos humanos foi aprofundado ao se envolver, nos últimos seis anos, com leituras sobre Bioética, à qual tem se dedicado em atividades da graduação e da pós-graduação na Udesc Cefid.

A professora defende a Bioética como "oportunidade capaz de promover uma postura humanística, crítica e reflexiva nos estudantes, auxiliando-os a considerar os fatores sociais, psicológicos, ambientais e outros, envolvidos na vida como um todo".

Segundo a docente, apenas recentemente a Bioética passou a ser compreendida de forma interdisciplinar, oportunizando em sua pauta a introdução dos Direitos Humanos.

"Embora esse dossiê não se reporte à Bioética propriamente dita, a discussão sobre o tema foi base para a associação dos assuntos abordados", afirma.

Pesquisas

A coordenadora do Laplaf destaca que, atualmente, uma das linhas de pesquisa do laboratório "têm dado voz e vez às minorias, enfocando, por exemplo, estudos sobre o brincar de populações tradicionais e ribeirinhas (com a pesquisadora Miraíra Manfroi); manifestações lúdicas de crianças nas ruas das comunidades (Wihanna Franzoni); lúdico e capoeira (Samara Escobar); e crianças e adolescentes em instituições de acolhimento (Maria Eduarda Tomaz Luiz e Vitória Garibaldi), entre outras".

"Esses estudos vêm nutridos por desejos pessoais de mulheres sensibilizadas com as causas de populações diminuídas, secundarizadas. Eles retratam uma oportunidade fértil para ampliar os olhares e dar visibilidade para problemas instalados em determinados grupos e culturas. Aquilo que não é estudado, não é conhecido, e aquilo que não é conhecido não é defendido. Portanto, precisamos de mais estudos e mais defesas nesta área", conclui Alcyane.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail alcyane.marinho@udesc.br.

Assessoria de Comunicação da Udesc
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